26.1.10

"Ninguém é insubstituível. Ninguém é substituível. Ambas são verdade no mesmo tempo, no mesmo lugar, nas mesmas circunstâncias, para um mesmo objecto, segundo um mesmo sujeito, embora não sejam miscíveis. Ou bem que uma ou bem que a outra, mas elas insistem em coexistir. E dizer-se que uma é verdade até um dado ponto em que cede o lugar à justeza da outra não se aplica sempre que se fala de algo mais, muito mais, que de funcionários. Isto não faz sentido? Não há lugar para o sentido quando se fala de sentimento. Fazes sentido ou fazes o que é sentido, sempre que se fala de mais, muito mais, que de relatórios. O ponto em que um deles tem de ceder lugar ao outro é o ponto inicial. Ou um ou o outro, nada de misturas, porque o mundo, qualquer mundo, é pequeno demais para ambos. A coexistência é impossível. No mesmo tempo, no mesmo lugar, nas mesmas circunstâncias, para um mesmo objecto, segundo um mesmo sujeito, um dos dois terá de ser mentido para que não reste apenas a nitidez do vazio."

Já não é surpresa para ninguém o facto de
eu gostar de (per)seguir este moço.
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