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22.1.12

desenQUadros

MULHER CONSENTINDO EM DAR PRAZER

A rosa, finta de amor, deixa cair uma rilkeana pálpebra sobre o travesseiro.
A mulher abre um olho. O homem não espera que outras pálpebras se descer-
rem ou desprendam: transporta para dentro da mulher a sua carne irritada,
vigilante. Pela rosa do adro, o homem carrega, descarrega, carrega, descarrega.
É um talhante num jardim. A mulher está a consentir em dar prazer. O homem
vence.


MULHER PROCURANDO O SEU PRAZER

Sol ou lençol? Lençol. Há horas, demoras, que um milhão de pernas está no
areal: a perna de mil quilómetros da morte ao sol. A mulher recorta a sua
perna do lençol. Troca a perna com a do homem. Mulher com uma perna de
homem, outra de mulher.
Por beijos, harpejos, mordiscos, lambiscos, o homem é solevado, parte por
parte, do sono.  Acorda com uma ostra em cima dele. Ou com uma costureira.

Alexandre O'neill

30.12.11

the beautiful poem




9.11.11

li algures herberto helder



Li algures que os gregos antigos não escreviam necrológios,
quando alguém morria perguntavam apenas:
tinha paixão?
quando alguém morre também eu quero saber da qualidade da sua paixão:
se tinha paixão pelas coisas gerais,
água,
música,
pelo talento de algumas palavras para se moverem no caos,
pelo corpo salvo dos seus precipícios com destino à glória,
paixão pela paixão,
tinha?
e então indago de mim se eu próprio tenho paixão,
se posso morrer gregamente,
que paixão?
os grandes animais selvagens extinguem-se na terra,
os grandes poemas desaparecem nas grandes línguas que desaparecem,
homens e mulheres perdem a aura
na usura,
na política,
no comércio,
na indústria,
dedos conexos, há dedos que se inspiram nos objectos à espera,
trémulos objectos entrando e saindo
dos dez tão poucos dedos para tantos
objectos do mundo
e o que há assim no mundo que responda à pergunta grega,
pode manter-se a paixão com fruta comida ainda viva,
e fazer depois com sal grosso uma canção curtida pelas cicatrizes,
palavra soprada a que forno com que fôlego,
que alguém perguntasse: tinha paixão?
afastem de mim a pimenta-do-reino, o gengibre, o cravo-da-índia,
ponham muito alto a música e que eu dance,
fluido, infindável,
apanhado por toda a luz antiga e moderna,
os cegos, os temperados, ah não, que ao menos me encontrasse a paixão

e eu me perdesse nela
a paixão grega



7.5.10

honey bring it close to my lips*


*tori amos
.
.

4.2.10

amor de água fresca

letra: Rosa Lobato Faria

.

Quando eu vi olhos de ameixa e a boca de amora silvestre
Tanto mel, tanto sol, nessa tua madeixa, perfil sumarento e agreste

Foi a certeza que eras tu, o meu doce de uva
E nós sobre a mesa, o amor de morango e cajú

Peguei, trinquei e meti-te na cesta, ris e dás-me a volta à cabeça
Vem cá tenho sede, quero o teu amor d'água fresca
Peguei, trinquei e meti-te na cesta, ris e dás-me a volta à cabeça
Vem cá tenho sede, quero o teu amor d'água fresca, ohoh...


Tens na pele travo a laranja e no beijo três gomos de riso
Tanto mel, tanto sol, fruta, sumo, água fresca, provei e perdi o juízo

Foi na manhã acesa em ti, abacate, abrunho

E a pêra francesa, romã, framboesa, kiwi

Peguei, trinquei e meti-te na cesta, ris e dás-me a volta à cabeça
Vem cá tenho sede, quero o teu amor d'água fresca
Peguei, trinquei e meti-te na cesta, ris e dás-me a volta à cabeça
Vem... vem... vem cá, tenho sede, quero o teu amor d'água fresca

.

som aqui
.

25.9.09

'Quanto de ti, amor, me possuiu no abraço
em que de penetrar-te me senti perdido
no ter-te para sempre'
.
.

.
.
(obrigada sara, pelo jorge de sena)
..

11.5.09

Idílicos Amores



Ó que famintos beijos na floresta,
E que mimoso choro que soava!
Que afagos tão suaves, que ira honesta,
Que em risinhos alegres se tornava!
O que mais passam na manhã, e na sesta,
Que Vénus com prazeres inflamava,
Melhor é experimentá-lo que julgá-lo,
Mas julgue-o quem não pode experimentá-lo.

Luis Camões, Os Lusíadas
.....................A Ilha dos Amores (estrofe 83 do Canto IX)

29.4.09

...................O chão é cama para o amor urgente,
...................amor que não espera ir para a cama.
...................Sobre tapete ou duro piso, a gente
...................compõe de corpo e corpo a húmida trama.

...................E para repousar do amor, vamos à cama.


....................................................................................Carlos Drummond de Andrade

16.4.09

soneto às escuras



.....................ahã..............ahã
..........ahã...........ahã..............
....ahã.......ahã.................ahã
...........ahã.............ahã...........


..ahã............ahã.......ahã........
..........ahã..............ai Danieeeel!
......................ahã..............
.......ahã................sou o Gabriel.


..........................................ah!
.............ahã...............ahã........
.....ahã..............ahã............a-hã


....ahã.....ahã.....ahã....ahã...
..ahã..ahã..ahã..ahã.ahã.ahã!
..ahã!hã!hã!hã!hã!ããããããããããããããããããããããããããããiiíííííiiiiiii-iiiii.

24.3.09

teach me or i'll teach you

.

Hi Tiger...

Teach me tiger how to kiss you..
Show me tiger how to kiss you..
Take my lips, they belong to you..
But teach me first, teach me what to do..

Touch me tiger when I´m close to you
Help me tiger I don't know what to do
I know that you could love me too
But show me first, show me what to do
This is the first love, that I have ever known
What must I do to make you my very own.. ?

Teach me tiger how to tease you wah wah wah
Tiger, tiger I wanna squeeze you wah wah wah
All of my love I will give to you
But teach me TIGER.. or I´ll teach you

Tiger... Tiger... Tiger...

(Teach me Tiger Lyrics)

11.3.09

Vem...está quentinha!


(Jeanne Moreau)

Que tal nós dois numa banheira de espuma
El cuerpo caliente , um dolce farniente
Sem culpa nenhuma

Fazendo massagem, relaxando a tensão
Em plena vagabundagem, com toda disposição
Falando muita bobagem , esfregando com água e sabão

Que tal nós dois numa banheira de espuma
El cuerpo caliente , um dolce farniente
Sem culpa nenhuma

Fazendo massagem, relaxando a tensão
Em plena vagabundagem, com toda disposição
Falando muita bobagem , esfregando com água e sabão

Lá no reino de Afrodite o amor passa dos limites
Quem quiser que se habilite, o que não falta é apetite

Que tal nós dois numa banheira de espuma ...

Rita Lee

19.1.09

- Que me quer, senhor?
- Querida, fornicar-te.
- Dizei-o mais gracioso.
- Cavalgar-te.
- Dizei-o à moda cortês.
- Quero gozar-te.
- Dizei-o à moda do bobo.
- Merecer-te.
- Mal há quem o peça dessa guisa, e tu falas bem, sabes declarar-te! E depois, que farás?
- Arregaçar-te e com a picha rija acometer-te.
- Tu sim, gozarás do meu paraíso.
- Que paraíso? Eu a tua cona quero, para lhe meter dentro o meu caralho.
- Que gracioso o dizes e que sincero!
- Cala-te, vida minha, que morro por me saracotear tendo-te por baixo.


Alzeu, Jammes e Lissorgues,antologia Poesia erótica do século de ouro


5.12.08

Satisfaction



Try harder baby...

21.8.08

Parabéns (atrasados), querida M...



M...de Musa.
M...de Madonna.
M...de Miranda!

22.6.08

pernas abertas por um mundo melhor




Erótico puritano

As pontas dos meus seios apontam para o céu
inchados e duros
pequenos e brancos
reluzem e gritam
enquanto as estrelas queimam e humedecem
meus santos orifícios
com seus toques inesperados.
sou cega, muda, espasmódica.

Pernas abertas por um mundo melhor.

Niandra LaDez