9.9.10
Brincando aos Clássicos II
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Brincando aos Clássicos
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13.7.10
12.7.10
mamas patrióticas, por favor
. "Deixar de vez a inspiração francesa - este é o pretexto do escultor João Cutileiro para propor um concurso público de que saia a encomenda de um novo busto da República. O escultor João Cutileiro lançou o debate e pede "um concurso público para que se crie um novo busto da República portuguesa". A principal razão é a falta de identificação do actual com a cultura portuguesa - na cabeça da "República" (nome popular do busto) há um barrete frígio que chegou cá através da inspiração francesa (anda sobre o cabelo da Marianne, o busto de lá). "É uma vergonha", diz o escultor. Há muito quem pense o contrário. "Não vejo necessidade nenhuma de alterar o passado, mas não me choca nada que se façam outros bustos a celebrar a República, como aconteceu, aliás, depois da instauração, em 5 de Outubro de 1910, quando houve por contágio um movimento de vários artistas que criaram diversos bustos", explica ao DN Fernanda Rollo, comissária da Comissão Nacional do Centenário da República (1910-2010). "Agora, a verdade é que isso não está na agenda desta comissão nem é considerado sequer uma prioridade, apesar de reconhecer que aquilo que se faz em França [actualização da musa que inspira o busto] seja muito interessante", acrescenta. "Eu acho que se devia fazer um concurso para se acabar com esta vergonha", diz, algo a brincar, João Cutileiro. "O que é que o barrete frígio tem a ver connosco?", pergunta-se o escultor. Bem, a ligação é meramente de inspiração: o barrete frígio notabilizou-se nas cabeças dos combatentes republicanos franceses. E ficou como símbolo de liberdade, que é isso que significa. Como a República francesa inspirou a portuguesa, eis o barrete frígio na cabeça do regime quase centenário. "Se fizer um busto com um chapéu de abas largas não deixa de ser a República", glosa o mestre João Cutileiro. E finaliza: "Devia abrir-se um concurso público, bem divulgado e bem pago, para aparecerem candidatos que se dediquem a encontrar um novo busto". Pelo meio, deixa algum sarcasmo a propósito do significado pouco puro de "concurso público" no país. Na vertente histórica, o tema colhe várias opiniões. Maria Cândida Proença, historiadora (e autora de obra diversa sobre a República), não fica chocada com o debate. "Há que ter em conta dois aspectos: a simbologia, e o barrete frígio está indissociavelmente ligado à República; e a vertente estética, como obra de arte", diz. E apesar de não ver qualquer necessidade na mudança, admite-a: "Para mim não é escandaloso que se pense que a arte evoluiu e que se pense em mudar", diz a professora de História da Universidade Nova de Lisboa. Já Luís Reis Torgal, da Universidade de Coimbra, não encontra qualquer razão para que se proceda à mudança. "Francamente, se esta é a bandeira que deveria ter sido? Se calhar, devia-se ter mantido a bandeira azul e branca, que era a nossa, mudando-lhe o escudo monárquico pelo republicano. Se o hino tem a letra mais indicada? Se o busto é o melhor? O que eu acho é que são símbolos instituídos e não faz grande sentido pensar em alterá-los, precisamente agora que se chega aos cem anos do regime", defende o historiador. "A história é feita destas incongruências", resume. Reis Torgal, no entanto, abre-se a outras perspectivas sobre os símbolos da República. "O tempo passa e a história continua. Se calhar podia-se pensar em criar outros símbolos da República que traduzissem melhor a época em que vivemos, que é definitivamente diferente daquela que se vivia quando foi instaurado este regime", propõe. Ou seja, numa fase em que se tira o chapéu ao regime (investem-se dez milhões de euros para celebrar o centenário da República instaurada em 5 de Outubro de 1910), chega-se à discussão da coerência de mais um dos seus símbolos, depois de acalorados debates sobre a congruência (e a actualidade) do hino ou das cores da bandeira. Foi João Cutileiro que lançou o mote: deve tirar-se à República o barrete frígio (o nome remonta à Frígia, terra dos frígios, antigo povo que habitava na região que agora é ocupada pela Turquia)? Os artistas, os historiadores e... os republicanos discutem agora a pertinência dos símbolos, quando faltam dois dias para o início das comemorações oficiais do centenário desta República."
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o que falta aos nossos homens é peito
Após escutar um amigo dizer que se D. Afonso Henriques não tivesse resolvido dar 'porrada' à mãe, nós poderíamos ser, neste momento, campeões do mundo de futebol, achei que este post se impunha.
.
"Há cem anos, Simões d’Almeida esculpiu aquele que seria, para sempre, o rosto da República Portuguesa. Era o busto de Ilda Pulga, uma mulher de Arraiolos que morreu com 101 anos, em 1993.
A história do busto de Simões d’Almeida começa em 1908, quando o elenco de republicanos do presidente Braamcamp Freire e o vereador Ventura Terra lhe fazem uma encomenda para um busto”. Simões d’Almeida foi bolseiro da instituição e esteve a estudar em Paris e Roma. Em 1911, abriu-se um concurso público nacional para a criação de um busto da República.
Concorrem nove artistas, ganha Francisco dos Santos, outro dos grandes escultores da época, igualmente bolseiro da Academia e que também estudou em Paris e Roma. Simões d’Almeida ficou em segundo, mas o foi o busto de Simões d’Almeida que se sobrepôs à ética republicana do concurso público, devido à sua exposição inicial, nos primeiros actos públicos oficiais da República. A 6 de Outubro, o novo regime faz um funeral conjunto a duas das figuras da luta contra a monarquia: Miguel Bombarda (1851- 3 Outubro de 1910) e Carlos Cândido dos Reis (o Almirante Reis, 1852 – 4 Outubro de 1910). Os novos símbolos ganham o seu primeiro grande espaço de divulgação em massa. E o busto de Simões d’Almeida é o que é exibido à multidão em apoteose republicana. A juntar a isto, em “A Revolução Portugueza”, o manifesto de Machado dos Santos, um dos rostos principais da luta republicana, também a peça de Simões d’Almeida teve um grande destaque simbólico.
Por detrás desta troca de bustos, podem estar também várias razões. Sobretudo de gosto, ou sensibilidade. Na opinião de alguns historiadores, o trabalho de Francisco dos Santos tem um toque mais de Paris, com uma mulher mais elegante. No de Simões d’Almeida, é mais portuguesa, com os seios mais fartos.
Hoje, a peça de Simões de Almeida é a que figura em todas as reproduções oficiais ou oficiosas.
Na sede da Academia Nacional Belas Artes está a peça original de Simões d’Almeida (a de 1908), em barro. Foi restaurada em 2009 pelo artista João Duarte."
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21.1.10
cinto de castidade...
para ELE!
"Há registro de uso de cintos na França, Alemanha, Américas e Austrália por homens e mulheres no final do século XX. Segundo estatísticas recentes cerca de trinta mil homens vão trabalhar trancados em seus cintos de castidade masculinos no Reino Unido todos os dias, segundo o jornal The guardian. Dessa forma o uso actual é muito mais difundido do que na antiguidade e, curiosamente, se tornou predominantemente masculino. Embora ainda existam diversos modelos femininos disponíveis para aquisição; A novidade realmente são os modelos masculinos, porque além da troca de papéis com relação ao passado, são muito variados em formato, materiais, preço e fabricação. As vendas alcançam percentuais muito superiores aos dos modelos femininos. Todavia, como outrora, o seu uso continua sendo sigiloso para não chocar, causar embaraço ou escárnio.
A utilização actual do cinto de castidade se tornou um ato consciente e opcional (consensual) e pode estar intimamente relacionado com algumas práticas fetichistas, inclusive com o BDSM, porém não exclusivamente, porque pode ser uma opção de um casal interessado em banir definitivamente a possibilidade da traição masculina ou evitar a masturbação por inúmeros motivos.
De qualquer forma, não há qualquer viés violento, religioso ou virtude implícita em seu uso atual.
O homem se submete ao cinto espontaneamente, deixando para sua companheira, guardiã das chaves, a decisão sobre quando, como e onde ocorrerá atividade sexual (ereção, penetração e gozo). Há várias possibilidades para justificar a aceitação masculina do cinto de castidade, dentre elas está a busca de uma nova forma de se relacionar com a companheira, romantismo, qualidade na relação sexual, busca de uma técnica de acúmulo de sémen para incrementar a potência do orgasmo, entrega e até altruísmo nos casos onde a companheira esteja impossibilitada por qualquer motivo.
Talvez por ter consciência da sua dificuldade de conseguir se dominar e se manter fiel perante as diversas tentações, aceita o cinto e dessa forma se afasta definitivamente do perigo da traição, para evitar ter que mentir e passar pelo sofrimento do sentimento de culpa ou arrependimento. Também para demonstrar compromisso ou ainda evitar a compulsão da masturbação e se tornarem sempre dispostos para a prática de jogos sexuais com ou sem penetração, buscando a plena satisfação de suas companheiras.
Por inúmeros motivos muitos homens decidiram abdicar de forma consciente do seu "poder", auto-controle, decisão sobre o seu corpo e de certa forma da sua libido. Dessa forma, se submeteram e se entregaram ao uso do cinto de castidade. Tudo se dá sem coerção, com total cumplicidade da companheira que em geral mantém as chaves inacessíveis e estabelece um programa de metas a ser atingido para obtenção do grande prémio (retirada do cinto e gozo).
O uso contemporâneo do cinto de castidade masculino quebrou o paradigma da mulher submissa x homem dominante, algo tão comum no passado e na América Latina, mostrando que há outras fórmulas possíveis de relacionamento, baseadas na troca de poderes e papéis, trazendo o foco e o centro da relação para o controle e o prazer feminino, em detrimento da auto-satisfação, egoísmo e poder masculino."
texto integral aqui
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16.1.10
20.10.09
the milky way
Regressado o verdadeiro marido, Alcmena teve uma outra noite de amor. Desta vez, com o esposo real.
Após estas noites loucas, Alcmena engravidou. E, assim, nasceu Hércules. Ele foi, desde o seu início, o favorito de Zeus. Hera, não podendo suportar a ideia do filho favorito de Zeus ter sido concebido por outra mulher, respondeu com raiva e ciúme. Assim, a deusa decidiu complicar o nascimento de Hércules, que permaneceu 10 meses no ventre. Quando Hércules tinha oito meses, Hera enviou duas serpentes para matá-lo, mas o rapaz já se sabia defender sem problemas. Foi ela, também, a responsável pelos Doze Trabalhos, que o herói teve que suportar.
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9.9.09
4.9.09
20.5.09
F.U.C.K. vs F.O.D.A.
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13.5.09
o molde perfeito
.
O champagne é considerado a bebida dos amantes e da festa. Os momentos com ele celebrados pretendem-se eternos.
Dom Pierre Pérignon, o seu criador, ao provar a sua descoberta, terá dito: “Estou bebendo estrelas”.
Já Napoleão Bonaparte, em homenagem a esta bebida diria a célebre frase:
"Na vitória, o mereço; na derrota, o necessito".
Paulina Bonaparte, a bela e frívola irmã de Napoleão, ensinava: "Morango e champagne são complemento ideal, no ritual de sedução".
Há uns tempos atrás, li que as taças de champanhe eram desenhadas nos moldes dos seios femininos da Maria Antonieta – a taça coupe: aquela larga, de pouca profundidade.
Resolvi, por curiosidade, pesquisar um pouco mais e fiquei a saber que será incerta essa origem do molde das taças. São várias as lendas acerca da sua criação.
A primeira lenda diz que foram os seios de Helena de Tróia que serviram de modelo. Plínio, um autor romano, contou a história sobre uma taça de bronze que teria sido moldada a partir dos seios de Helena. O original dessa taça era guardado num tempo da ilha de Rhodes.
Na Idade Média, Henrique II da França, teria ordenado que se fizessem taças a partir dos seios de sua amante, Diane de Poitiers. Seios "semelhantes a maçãs".
Acontece que, tanto no tempo de Helena como no de Diane, o vinho espumante ainda não havia sido criado - o que só irá acontecer no século XVII. No entanto, as taças poderiam ter servido para o vinho parado.
As taças criadas a partir do seio esquerdo de Maria Antonieta, originalmente em porcelana, destinadas ao consumo de leite, continuam a ser feitas até hoje pela fábrica de Sèvres. São as famosas "jattes tétons" ("tigela de mamas").
Convidado a desenhar uma taça, para uma edição especial do Dom Pérignon, Lagerfeld (inspirado na taça supostamente moldada na volumosa e cobiçada anatomia de Maria Antonieta) criou uma taça no formato do seio de Claudia Schiffer- taça essa que faz parte do pacote Dom Pérignon Oenothèque vendido a 3.150 dólares.
Resta-nos, agora, saber quem terá servido de molde para o contemporâneo design das taças de champagne: as taças-flute…
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5.5.09
Lady Marmalade
mar.me.la.da, feminino
1. doce de marmelo cozido misturado com calda de açúcar;
2. geléia, doce;
3. (Portugal) troca de carícias, beijos e apalpadelas própria de enamorados:
....A marmelada era sempre uma preparação para fazerem amor.
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3.4.09
- Onde andas?
- Casa, porquê?
- Apetecia-me estar contigo...
- Anda cá...
- Não sei se estou preparada para te ver de pijama!...
- Não uso pijama, mas posso-me vestir...
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6.9.08
Sussurra-me Indecências...
As orelhas femininas nunca foram bem tratadas. Sempre foram ou ignoradas ou mutiladas. O pó e a tinta que com tanto carinho têm sido aplicados no rosto da mulher passou-lhes ao lado. Enquanto o rosto tão meticulosamente decorado assumiu o papel principal, as orelhas foram ignoradas, muitas vezes ocultas debaixo do cabelo da mulher. Quando eventualmente surgem do seu esconderijo, apenas têm servido para ser furadas, a fim de criar um apoio para as jóias. (...)
A função principal do ouvido externo continua a ser a de colector de sons, uma corneta acústica de carne e cartilagem. (...)
Embora as nossas orelhas pareçam rígidas nos lados da cebeça, ainda mantêm uma sombra do movimento de que em tempos gozaram.(...) Os animais com grandes orelhas móveis espalmam-nas quase sempre quando lutam, numa tentativa de as manter longe do perigo. Nós, humanos, ainda hoje o fazemos automaticamente quando esticamos a pele da cabeça em momentos de pânico, mesmo que as orelhas já estejam espalmadas na sua posição normal de repouso.(...)
Uma função menor das nossas orelhas é o controlo de temperatura. (...)
Finalmente, as nossas orelhas parecem ter adquirido uma nova função erótica com o desenvolvimento de lóbulos macios e carnudos. Estão ausentes dos nossos parentes mais próximos e parecem ser uma característica exclusivamente humana, surgida como parte da nossa sexualidade cada vez mais desenvolvida. Os primeiros anatomistas consideraram-nos inúteis: «uma nova característica sem qualquer objectivo aparente, a não ser que sejam perfurados para o transporte de ornamentos». Todavia, observações recentes do comportamento sexual revelaram que durante a excitação intensa, os lóbulos das orelhas incham, aumentando de volume com o fluxo de sangue. Isto deixa-os bastante sensíveis ao toque. O acariciar, o sugar e o beijar dos lóbulos durante o acto de amor serve de estímulo sexual para muitas mulheres. Em casos raros, segundo Kinsey e os seus colegas do Institute for Sex Research, no Indiana, uma mulher pode até chegar ao orgasmo através da estimulação das orelhas.(...)
À orelha já foram atribuídos vários papéis simbólicos. Uma vez que se trata de uma aba de pele em redor de um orifício, foi inevitavelmente vista como símbolo dos órgãos genitais femininos. Na Jugoslávia, por exemplo, uma das expressões de calão para vulva é «a orelha entre as pernas». Em certas culturas, empregou-se a mutilação das orelhas como substituto da circuncisão feminina. Em algumas partes do Oriente, as jovens na puberdade são forçadas a submeter-se a um ritual de iniciação no qual abrem buracos nas suas orelhas. No Antigo Egipto, o castigo de uma adúltera era a remoção das orelhas.
Como as orelhas eram vistas como órgãos genitais femininos, não surpreende que certos indivíduos excepcionais tenham nascido pelo ouvido. Diz-se que Karna, filho do deus hindu do sol, Surya, emergiu deste órgão(...). Em certas lendas, também se diz que Buda nasceu dã orelha da mãe.
Nos trabalhos satíricos de François Rabelais, publicados em 1653, Gargântua também veio ao mundo desta forma invulgar.(...)
Uma forma completamente diferente de simbolismo da orelha vê este órgão como representando a sabedoria. Isto tem sido usado como desculpa para puxar as orelhas das crianças que se comportam mal, sendo a ideia a de que a activação da orelha vai despertar a inteligência que aí se encontra dormente.
Algumas destas estranhas superstições levariam ao antigo costume de perfurar as orelhas para a utilização de brincos.(...) Hoje em dia, a maior parte das mulheres que tem as orelhas furadas possui objectivos meramente estéticos, sem noção do que em tempos tal acção significava. Nos tempos antigos, havia várias explicações:
Uma vez que o Diabo e outros espíritos malignos estão sempre a tentar entrar no corpo humano para o possuir, é necessário proteger todos os orifícios através dos quais eles poderão ter acesso. Pensava-se que o uso de amuletos nas orelhas era a melhor forma de evitar uma cabeça cheia de demónios.(...)
Em algumas tribos, existe um festival especial associado ao ritual da perfuração das jovens. Em certas culturas, os ornamentos pesados que pendem dos lóbulos esticados de uma mulher casada só podem ser retirados depois da morte do marido. São então removidos na cerimónia do funeral, como sinal de luto.(...)
Todavia, para a grande maioria das mulheres, hoje em dia as orelhas são decoradas de forma simples, com brincos facilmente removíveis, presos através de um único buraco pequeno, ou simplesmente através de mola. Ao contrário dos brincos tribais, não são usados continuamente, sendo com frequência trocados dia após dia, para que condigam com o que está a ser vestido no momento
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2.9.08
ando a estudar FETICHES
Fetichista assumida, Dita Von Teese é responsável pela reinvenção da estética pin-up dos anos 40 e 50 e do termo «burlesco» associado à arte ancestral do strip-tease, protagonista de espectáculos que incluem banho num copo de Martini gigante.
O livro duplo Burlesque and the Art of Teese/Fetish and the Art of Teese é o testemunho ilustrado de uma sex symbol de luxo.
Pode então concluir-se que este livro se dirige às mulheres… Mas tem consciência de que muitas mulheres o consideram um livro para homens?
Sim. Mas o meu site era originalmente dirigido aos homens e agora 70 por cento dos membros são mulheres. O site, o livro e os meus espectáculos burlescos dirigem- -se a quem gostar deles, sejam homens ou mulheres.
Não faço nada com o intuito de atrair um determinado público; faço porque gosto.
Não penso que isso aconteça; na verdade, tenho mais fãs mulheres do que homens. Tenho consciência de que sou criticada pelas pessoas, homens e mulheres, e isso acontece porque todos têm o direito de dar a sua opinião e ninguém está livre de críticas: estrelas de rock, actores, estrelas porno, advogados, políticos… toda a gente. Aliás, muita gente critica os jornalistas. Não podemos agradar sempre a todos, resta-nos fazer o que gostamos e mantermo-nos fiéis aos nossos princípios – e é isso que faço. A minha função não é fazer com que as pessoas se sintam «confortáveis». Sou uma entertainer e não espero que todos gostem ou concordem com o que faço.
Acredito que as pessoas têm o direito de ser quem quiserem – e se isso passar pela cirurgia plástica, que existe há mais de um século, devem fazê-la e não devem sentir- -se mal por isso. É sexy seres tu mesma, no sentido em que é sexy seres quem quiseres e aceitares aquilo que te difere dos outros. Podes usar as roupas que TU quiseres, pintar o cabelo da cor que TU quiseres, maquilhar-te da maneira que TU quiseres – é isso a que chamo «seres tu mesma». Não andamos por aí nus como viemos ao mundo, não é? Podemos escolher a forma como queremos que o mundo nos veja. A cirurgia plástica é uma forma de maquilhagem mais dramática e radical. Ninguém está em posição de fazer juízos acerca dessa opção.
Sim! O meu livro não é um guia para ensinar a ser sexy de uma forma geral, mas para ensinar a ser sexy à minha maneira! Defendo o glamour porque o adoro – então, por que havia de apregoar o uso de ténis? Deve haver uma pilha de livros sobre como ser-se sexy de outras formas, mas este é o MEU livro e é baseado na minha estética. Quanto a seres feminina e elegante sem usares saltos altos, aconselho-te um par de sabrinas ou saltos de cunha.
Acho que sim. Tenho pena das pessoas que não conseguem exprimir os seus desejos livremente com receio de serem julgadas.
Sim, tenho «bad hair days» como toda a gente – mas, nesses dias, puxo o meu cabelo atrás e faço um carrapito chique. Adoro a arte da maquilhagem e dos penteados… o glamour é mais do que a beleza. Podemos não nascer naturalmente bonitos, mas podemos criar glamour e elegância. E sim, uso uma pequena t-shirt chique com uma saia de algodão ao estilo dos anos 50 e sabrinas. Mas não sou miúda para usar t-shirt e calças de ganga – não joga com as minhas formas nem com o meu estilo pessoal.
É ótimo que haja algo para todos os gostos! Para mim, o glamour não é para os homens, é para mim. No que se refere à Playboy, fui rejeitada ao início, mas acabei por aparecer na capa – por isso, ainda bem que não mudei de acordo com a norma. O futuro do glamour é brilhante.
Não sei muito acerca dos movimentos feministas, limitei-me a escrever um livro leve. O que há de errado com a aceitação da feminilidade em vez da sua rejeição? A definição de feminista é: alguém que luta pela igualdade entre ambos os sexos. E isso não tem nada a ver com o que faço enquanto entertainer.
As palavras não são minhas, são dele – apenas gostei da frase e da ideia que invoca. Se te fez pensar nessa ideia, era essa a minha intenção. Mas é óbvio que acredito que a mulher também deseja e que tanto os homens como as mulheres desejam ser desejados!
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4.8.08
In the Darkness East of Eden
Lilith é conhecida como um demónio feminino da noite, originada na antiga Mesopotâmia.
Lilith era associada ao vento e, pensava-se, por isso, que ela era portadora de mal-estares, doenças e morte.
Lilith figura como um demónio da noite nas escrituras hebraicas (Talmud e Midrash). É também referida na Cabala como a primeira mulher do bíblico Adão, sendo que numa passagem (Patai81:455f) ela é acusada de ser a serpente que levou Eva a comer o fruto proibido. No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira esposa de Adão,a quem abandonou, partindo do Jardim do Éden (por causa de uma disputa), vindo a tornar-se a mãe dos demónios.
De acordo com certas interpretações da criação humana (Génesis, Antigo Testamento): reconhecendo que havia sido criada por Deus com a mesma matéria prima, Lilith rebelou-se, recusando-se a ficar sempre por baixo, durante as suas relações sexuais. Na modernidade, isso levou à popularização da noção de que Lilith foi a primeira mulher a rebelar-se contra o sistema patriarcal.
Na Suméria e na Babilónia, ao mesmo tempo que era motivo de culto,ela era identificada com os demónios e espíritos malignos. O seu símbolo era a lua, pois assim como a lua, ela era uma deusa de fases boas e más. Alguns estudiosos associam-na a várias deusas da fertilidade, assim como deusas cruéis - devido ao sincretismo com outras culturas. No fictício Livro de Nod, é também conhecida como aquela que ensina a Caim habilidades vampiricas.
A imagem mais conhecida que temos dela é a imagem que nos foi dada pela cultura hebraica -uma vez que esse povo foi aprisionado e reduzido à servidão na Babilónia, onde Lilith era venerada. É,por isso, bem provável que vissem Lilith como um símbolo de algo negativo.
Vemos assim a transformação de Lilith no modelo hebraico de demónio. Assim surgiram as lendas vampíricas: Lilith tinha 100 filhos por dia, súcubus quando mulheres e íncubus quando homens, ou simplesmente lilims. Eles alimentavam-se da energia desprendida no acto sexual e de sangue humano. Também podiam manipular os sonhos humanos. Uma vez possuído por um súcubus dificilmente um homem saía com vida.
Há certas particularidades interessantes nos ataques de Lilith - vinganças por ter sido obrigada a ficar por baixo de Adão - como cortar o pénis com a vagina (segundo os relatos católicos medievais). Ao mesmo tempo que ela representa a liberdade sexual feminina, também representa a castração masculina.
Assim dizia Lilith: ‘‘Porque devo deitar-me em baixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual.’’ Quando reclamou a sua condição a Deus, Ele retorquiu que essa era a ordem natural, o domínio do homem sobre a mulher. Ela decidiu abandonar o Éden. Três anjos foram enviados em seu encalço, mas ela recusou-se a voltar. Juntou-se aos anjos caídos onde se casou com Samael, que tentou Eva, ao passo que Lilith Tentou a Adão, fazendo-os cometer adultério. Desde então, o homem foi expulso do paraíso e Lilith tentaria destruir a humanidade, filhos do adultério de Adão com Eva - mesmo abandonando o seu marido ela não aceitava que ele a tivesse substituido por Eva. Ela então perseguiria os homens, principalmente os adúlteros, crianças e recém-casados para se vingar.
Após os hebreus terem deixado a Babilónia, Lilith perdeu, aos poucos, a sua representatividade e foi limada do velho testamento. Eva é criada no sexto dia, e, depois da solidão de Adão, ela é criada novamente - sendo que a primeira criação se refere, na verdade, a Lilith.
No período medieval ela era ainda muito citada entre as superstições de camponeses (como deixar um amuleto com o nome dos 3 anjos que a perseguiram para fora do Éden -Sanvi, Sansavi e Samangelaf- para que ela não os matasse; assim como acordar o marido que sorrisse durante o sono, pois ele estaria sendo seduzido por Lilith).
Muitos acreditam, também, que há uma relação entre Lilith e Inanna - deusa suméria da guerra e do prazer sexual.
Algumas vezes, Lilith é associada com a deusa grega Hécate, "A mulher escarlate" - um demónio que guarda as portas do inferno montada num enorme cão de três cabeças, Cérbero. Hécate, assim como Lilith, representa, na cultura grega, a vida nocturna e a rebeldia da mulher sobre o homem.
Nos dois últimos séculos a imagem de Lilith começou a passar por uma remarcável transformação em certos círculos intelectuais seculares europeus como, por exemplo, na literatura e nas artes - quando os românticos passaram a se ater mais na imagem sensual e sedutora de Lilith (ver a reprodução do quadro Lilith de John Collier, pintada em 1892), e nos seus atributos. Podem ser também citados os nomes de Johann Wolfgang von Goethe, John Keats, Robert Browning, Dante Gabriel Rossetti, etc...
Lilith também é considerda um dos Arquidemónios - símbolo da vaidade.
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3.8.08
Quem tem um Impulso Sexual mais FORTE?
(...)como muitos estudiosos do sexo têm assinalado, as mulheres são melhores na cama.
Embora a duração total do orgasmo seja igual nas mulheres e nos homens, as primeiras grandes contracções musculares variam em número e duração. Inicialmente, os homens têm três ou quatro fortes contracções seguidas por uma série de outras mais pequenas e irregulares. As mulheres têm, a princípio, cinco ou seis sensações musculares intensas, e as contracções mantêm-se a um ritmo mais prolongado, prolongando a experiência. De facto, esta primeira fase do orgasmo, altamente satisfatória, dura apenas três a quatro segundos nos homens, mas cinco a seis segundos nas mulheres, ou seja, o dobro do tempo.
Os orgasmos das mulheres também se estendem a uma proporção maior de tecidos pélvicos. Muitas vezes, tornam-se mais intensos durante a gravidez e após o parto, momentos em que há um aumento das redes vasculares e da circulação sanguínea na zona pélvica.
Igualmente impressionante é o facto de as mulheres poderem ter uma sucessão rápida de vários orgasmos, algo de que só alguns homens são capazes. Algumas mulheres conseguem mesmo excitar-se até ao orgasmo sem se tocarem. Apenas um homem em cada mil consegue atingir um orgasmo apenas pensando. Embora a libido masculina seja definitivamente mais constante, a resposta sexual feminina é mais intensa.
Se os cientistas avaliassem o impulso sexual pela duração e intensidade do orgasmo e não pelo número de actos de masturbação ou o número de parceiros ao longo da vida, concluiriam que o impulso sexual das mulheres é, pelo menos, tão forte como o dos homens.
A sensualidade das mulheres
O erro de avaliação da libido feminina é ainda mais visível se a definição de actividade sexual for alargada à sensualidade. Num inquérito feito a 14 070 homens e mulheres pela rede informática Prodigy, 75% referiram que consideravam as mulheres mais sensuais do que os homens.
Flores, óleos, velas, lençóis de cetim, toalhas felpudas: quando as mulheres fantasiam sobre o sexo, evocam as texturas, os sons, os cheiros, toda a ambiência que rodeia o sexo, mais frequentemente do que os homens. As mulheres também gostam mais de beijar, abraçar, acariciar e de se aninhar. Em resumo, as mulheres colocam o acto sexual num contexto físico mais vasto.
As mulheres também rodeiam o sexo de um tecido emocional mais rico. Quando se pede aos maridos e às mulheres que descrevam o domínio sexual do seu casamento, as mulheres referem com maior frequência o bem-estar, a comunicação, o amor e a intimidade – o contexto emocional que rodeia o coito. Os homens falam do vigor, da excitação, da frequência e de outros aspectos do acto físico do coito.
Os cientistas e leigos que baseiam a sua definição de impulso sexual em aspectos como a frequência da masturbação e o número de parceiros estão a definir o desejo sexual segundo a perspectiva masculina. Estão a compartimentar o sexo e a ter dele uma visão restrita. Não admira que avaliem mal a sexualidade feminina.
A mulher distraída
As mulheres distraem-se muito mais frequentemente do que os homens. Se uma mulher ouve um bebé a chorar, se recorda alguma coisa que aconteceu no escritório, ou se tenta lembrar-se se apagou ou não o fogão, a sua concentração pode ser interrompida. Tem de voltar a focar a sua atenção e a reconstruir a sua excitação sexual. Os homens têm uma maior capacidade de manter a sua atenção presa ao sexo.
Esta diferença entre os sexos também é visível nas fêmeas de outras espécies. Por exemplo, se se for deixando cair algumas migalhas de queijo dentro do âmbito de visão periférica de um casal de ratos na cópula, a fêmea não deixa de olhar para o queijo, enquanto o macho continua a penetrá-la.
As mulheres tendem a assimilar muitos pensamentos diferentes ao mesmo tempo. Esta capacidade pode perturbar a sua concentração enquanto fazem amor.
Talvez tenha sido a própria natureza a querer que as mulheres fossem mais susceptíveis de se distraírem. O sexo é perigoso; interrompe o estado de vigilância. Em todas as espécies, os machos têm de esquecer a necessidade de estarem alerta e concentrar a sua atenção para atingirem o orgasmo e espalharem a sua semente. O óvulo da fêmea cai naturalmente para o útero; as mulheres não têm de se concentrar no orgasmo para conceberem. Nas noites de luar da antiga África, as mulheres, com a sua distracção, eram provavelmente as sentinelas do casal que copulava.
O Primeiro Sexo, Helen Fisher
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Carrie (ou não)
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