Reflectindo um pouco na essência da nossa actual votação e, digamos, estimulada pela leitura recente de um artigo sobre as diversas fantasias sexuais dos homens, das mulheres e dos casais apercebi-me claramente da escala gradativa que acompanha a sexualidade. Se a nossa votação parece oferecer um indicador sobre a frequência das relações sexuais (quem é que dá uma queca e em menos de uma hora liga o PC e visita o nosso blog? – eu, eu, eu!!!), na verdade, ao colher um grande número de votos no item “sou virgem” o que, a acreditar, no sentido genuíno desta tendência só pode significar uma de duas coisas. Não, uma de várias coisas, entre elas: os nossos votantes são maioritariamente virgens; não são virgens mas até conseguem fingir que são (para agradar ou desagradar sabe-se lá a quem); há votos “de tanga” ou, ou… entre os não-virgens muitos dos votantes permanecem um tanto… virginais!!!
E era aqui mesmo que eu queria chegar. Não fosse bastante todos os depoimentos que têm vindo a ser postados sobre as questões que ensombram a “virgindade”, não seremos sempre um poucochinho virgens?
Eu sou. Não obstante os departamentos em que não sou virgem (por exemplo, ser reservada acerca da vida pessoal no ambiente de trabalho… - sinto que já fui fodida, né…) há muita coisa em que me sinto uma completa donzela… chamem-me conservadora, “bota-de-elástico”, pudica mas a verdade é que nunca tinha atravessado a minha “lembradura” meter-me num banho com um coraçãozinho de borracha vermelho, colocá-lo entre as pernas e começar a exercitar os músculos genitais; e se ainda não pensei se tenho algum coisa contra o swing, contratar um profissional para ter relações sexuais com ele em frente ao meu companheiro apanhado de surpresa quando eu lhe prometo que se aparecer à hora X, no quarto de hotel que eu marquei não faltará lá erotismo e loucura…, confesso – sou completamente virgem de certas ideias… também não sabia o que era uma maleta roja que se abre em reuniões de tuppersexo… só há pouco tempo entendi o que era chuva dourada e pasmem-se, nunca nada me levou a pensar em modalidades pré-orgásmicas, orgásmicas e multi-orgásmicas de forma diferenciada e que no tantra, o orgasmo pode acontecer com e sem ejaculação…
E foi assim que compreendi que eu sou virgem. Sou virgem porque há um mundo de coisas (“hímen elástico, com amplo furo, com furinhos múltiplos, hímens espessos, hímens tão finos que deles já mais se dará conta…) que desconheço e só aos poucos vou descobrindo e, quiçá, a seu tempo, experimentar – a do coração que flutua no banho como um patinho de borracha é que está fora de questão porque tira a seriedade a qualquer coisa construtiva que se pretenda encetar.
E pois bem, feliz da vida, pensei eu ter confinado o mistério da votação do quecasurbanas. Mas eis senão que… outra ideia me assaltou: a escala gradativa "escarrapachava-se" no meu pensamento como um desafio ainda não superado. Na verdade, uma nova ideia adiantou-se à conclusão que eu achava já ter chegado. Consultei o blog e já ali estava a prova provada que durante muito tempo permanecemos virgens sem o admitirmos conscientemente.
Isto é, se a cada descoberta que encetamos a nível da nossa sexualidade bem como da forma como a estabelecemos com o outro tendemos a nos experimentar e experienciar continuamente, a virgindade nunca está totalmente perdida. Não se tratando de um processo estanque mas uma forma em desenvolvimento, a nossa sexualidade muda e amiúde se confronta com a novidade. Quanto a mim, parece-me que este reconhecimento de algo novo no sexo… um novo gesto de prazer, uma zona erógena agora desvelada é um continum desvirginamento.
Como já foi dito aqui não vivemos a nossa sexualidade da mesma forma aos 18, aos 20, aos 25 e muito menos aos trinta. Ad eternum (avé viagra et al.) e a virgindade não se perdeu, a virgindade vai-se perdendo…
E sim, garanto que sou virgem!
E era aqui mesmo que eu queria chegar. Não fosse bastante todos os depoimentos que têm vindo a ser postados sobre as questões que ensombram a “virgindade”, não seremos sempre um poucochinho virgens?
Eu sou. Não obstante os departamentos em que não sou virgem (por exemplo, ser reservada acerca da vida pessoal no ambiente de trabalho… - sinto que já fui fodida, né…) há muita coisa em que me sinto uma completa donzela… chamem-me conservadora, “bota-de-elástico”, pudica mas a verdade é que nunca tinha atravessado a minha “lembradura” meter-me num banho com um coraçãozinho de borracha vermelho, colocá-lo entre as pernas e começar a exercitar os músculos genitais; e se ainda não pensei se tenho algum coisa contra o swing, contratar um profissional para ter relações sexuais com ele em frente ao meu companheiro apanhado de surpresa quando eu lhe prometo que se aparecer à hora X, no quarto de hotel que eu marquei não faltará lá erotismo e loucura…, confesso – sou completamente virgem de certas ideias… também não sabia o que era uma maleta roja que se abre em reuniões de tuppersexo… só há pouco tempo entendi o que era chuva dourada e pasmem-se, nunca nada me levou a pensar em modalidades pré-orgásmicas, orgásmicas e multi-orgásmicas de forma diferenciada e que no tantra, o orgasmo pode acontecer com e sem ejaculação…
E foi assim que compreendi que eu sou virgem. Sou virgem porque há um mundo de coisas (“hímen elástico, com amplo furo, com furinhos múltiplos, hímens espessos, hímens tão finos que deles já mais se dará conta…) que desconheço e só aos poucos vou descobrindo e, quiçá, a seu tempo, experimentar – a do coração que flutua no banho como um patinho de borracha é que está fora de questão porque tira a seriedade a qualquer coisa construtiva que se pretenda encetar.
E pois bem, feliz da vida, pensei eu ter confinado o mistério da votação do quecasurbanas. Mas eis senão que… outra ideia me assaltou: a escala gradativa "escarrapachava-se" no meu pensamento como um desafio ainda não superado. Na verdade, uma nova ideia adiantou-se à conclusão que eu achava já ter chegado. Consultei o blog e já ali estava a prova provada que durante muito tempo permanecemos virgens sem o admitirmos conscientemente.
Isto é, se a cada descoberta que encetamos a nível da nossa sexualidade bem como da forma como a estabelecemos com o outro tendemos a nos experimentar e experienciar continuamente, a virgindade nunca está totalmente perdida. Não se tratando de um processo estanque mas uma forma em desenvolvimento, a nossa sexualidade muda e amiúde se confronta com a novidade. Quanto a mim, parece-me que este reconhecimento de algo novo no sexo… um novo gesto de prazer, uma zona erógena agora desvelada é um continum desvirginamento.
Como já foi dito aqui não vivemos a nossa sexualidade da mesma forma aos 18, aos 20, aos 25 e muito menos aos trinta. Ad eternum (avé viagra et al.) e a virgindade não se perdeu, a virgindade vai-se perdendo…
E sim, garanto que sou virgem!
2 comentários:
VIVA as|os virgens!!!!!
bolas miranda sou a tua fã número um....
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