20.1.10

anti natura

Anti-quê?!
Suponho que estejam a falar de monogamia. Ou celibato. Ou jejum. Ou inseminação artificial. Ou tratamentos de fertilização. Ou cirurgia plástica. Ou castração. Ou transplantes. Ou esse desejo insano de saúde que promove, a todo o custo, o prolongamento da vida e um crescimento absurdo da população...humana. Ou revolução técnica e cientifica. Ou evolução dos meios de transporte. Ou telecomunicações. Ou sociedade. Ou paisagem urbana. Ou tudo o que implique evolução civilizacional. Ou tudo aquilo em que a humanidade ultrapasse o homem. Ou todos os valores que imperam no mundo contemporâneo. Ou Código Civil. Ou estes pseudo-profetas do natural. Ou, etc e etc e tal. Ou, em última das hipóteses, deus.

Afinal o que é isso de anti-natura?
E, já agora, se isso for um argumento e pudermos definir tudo isto como anti-natura, que carácter ético lhe imprime o valor de "errado"?

Anti-natura seria, então, o casamento e uma aliança no dedo. E prova disso são os divórcios, o adultério, a violência conjugal, os crimes passionais - só para dar alguns exemplos.
O casamento, o "Sim!" prometido diante de testemunhas, é que significa uma luta diária contra a nossa natureza. Um permanente dizer "Não" àquilo que somos. Qual seria, então, a solução natural? Ficar só? O isolamento é naturalmente triste. E não é o conceito de felicidade aquele que melhor determinaria o valor de uma acção?

Ouvindo-vos falar, é caso para dizer:
a Natureza deve estar louca.
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