21.1.10

cinto de castidade...

para ELE!

"Há registro de uso de cintos na França, Alemanha, Américas e Austrália por homens e mulheres no final do século XX. Segundo estatísticas recentes cerca de trinta mil homens vão trabalhar trancados em seus cintos de castidade masculinos no Reino Unido todos os dias, segundo o jornal The guardian. Dessa forma o uso actual é muito mais difundido do que na antiguidade e, curiosamente, se tornou predominantemente masculino. Embora ainda existam diversos modelos femininos disponíveis para aquisição; A novidade realmente são os modelos masculinos, porque além da troca de papéis com relação ao passado, são muito variados em formato, materiais, preço e fabricação. As vendas alcançam percentuais muito superiores aos dos modelos femininos. Todavia, como outrora, o seu uso continua sendo sigiloso para não chocar, causar embaraço ou escárnio.
A utilização actual do cinto de castidade se tornou um ato consciente e opcional (consensual) e pode estar intimamente relacionado com algumas práticas fetichistas, inclusive com o BDSM, porém não exclusivamente, porque pode ser uma opção de um casal interessado em banir definitivamente a possibilidade da traição masculina ou evitar a masturbação por inúmeros motivos.


De qualquer forma, não há qualquer viés violento, religioso ou virtude implícita em seu uso atual.
O homem se submete ao cinto espontaneamente, deixando para sua companheira, guardiã das chaves, a decisão sobre quando, como e onde ocorrerá atividade sexual (ereção, penetração e gozo). Há várias possibilidades para justificar a aceitação masculina do cinto de castidade, dentre elas está a busca de uma nova forma de se relacionar com a companheira, romantismo, qualidade na relação sexual, busca de uma técnica de acúmulo de sémen para incrementar a potência do orgasmo, entrega e até altruísmo nos casos onde a companheira esteja impossibilitada por qualquer motivo.
Talvez por ter consciência da sua dificuldade de conseguir se dominar e se manter fiel perante as diversas tentações, aceita o cinto e dessa forma se afasta definitivamente do perigo da traição, para evitar ter que mentir e passar pelo sofrimento do sentimento de culpa ou arrependimento. Também para demonstrar compromisso ou ainda evitar a compulsão da masturbação e se tornarem sempre dispostos para a prática de jogos sexuais com ou sem penetração, buscando a plena satisfação de suas companheiras.


Por inúmeros motivos muitos homens decidiram abdicar de forma consciente do seu "poder", auto-controle, decisão sobre o seu corpo e de certa forma da sua libido. Dessa forma, se submeteram e se entregaram ao uso do cinto de castidade. Tudo se dá sem coerção, com total cumplicidade da companheira que em geral mantém as chaves inacessíveis e estabelece um programa de metas a ser atingido para obtenção do grande prémio (retirada do cinto e gozo).
O uso contemporâneo do cinto de castidade masculino quebrou o paradigma da mulher submissa x homem dominante, algo tão comum no passado e na América Latina, mostrando que há outras fórmulas possíveis de relacionamento, baseadas na troca de poderes e papéis, trazendo o foco e o centro da relação para o controle e o prazer feminino, em detrimento da auto-satisfação, egoísmo e poder masculino."

texto integral aqui

.

Sem comentários: