10.11.11

o ser feminino



Não sei se é justa (ou não) a leitura possivel desta estatistica geral acerca das leis sobre a sexualidade permitida, mas uma pergunta flutua agora na minha observação: afinal, O QUE É QUE INCOMODA MAIS:

- O SEXO ENTRE SERES DO MESMO SEXO?

- OU A FEMINILIDADE NUM HOMEM (ou em geral)?

Em alguns países, a idade permitida para relações entre pessoas do sexo feminino é mais jovial do que pessoas do sexo masculino. Noutros, ainda, a sexualidade entre mulheres é permitida e entre homens não o é. Não é invulgar escutar por aí que “Mete-me mais confusão se forem homens. Mulheres, até é giro, excitante”. Será uma femininofobia? Será a homofobia um machismo recalcado? Uma ideia mascarada de que ser feminino é ser inferior, ser fraco? E, depois, ainda escutamos esses homofóbicos afirmarem de boca cheia:

“EU GOSTO É DE MULHERES!”

Afinal, quem é que não gosta de mulheres? Do comportamento, do ser, feminino? Não, não sabem amar uma mulher. Não sabem amar. Não amam, ponto - sem virgula. Eles (incluindo algumas Elas) não são capazes dessa ‘generosidade’ de aceitação da ALTERIDADE, o sentido do OUTRO. São monótonos, monocórdicos. Chamam ‘anti-natural’ por uma questão de procriação. Mais uma vez, essa ideia de que a mulher é uma fábrica de fazer filhos. Nem todas as mulheres querem, ou podem. E não são aberrações por isso. A natureza gosta de se experimentar de variadíssimas formas. Isso sim é natural.

A mulher vestiu calças. Procurar igualar-se a um homem é aceitável, até mesmo admirável: é querer ser MAIS. E um homem, em qualquer parte do mundo, querer vestir saias, é querer ser MENOS? Não proclamo feminismos, apenas o SER.

Lamento Nietzsche não se ter apercebido, ao evocar um ‘SUPER-HOMEM’, que o novo homem POR-VIR talvez pudesse ser a mulher, o FEMININO.

Ai Lou Salomé, Lou Salomé... Salomé.


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